Quando fui mãe


Quando fui mãe

Um sentimento fantástico tomou conta de mim no primeiro instante que vi aquela criaturinha em meus braços, senti o peso da responsabilidade, ficava nervosa só de pensar que ela dependia de mim para sobreviver. Passei a perceber que tudo que eu fizesse ou falasse, passaria a ser um exemplo, por isso comecei  a policiar minhas palavras, gestos e ações.

Quando fui mãe, meus planos e projetos para o futuro não focavam apenas em mim, incluía aqueles que eu gerei. Me senti como um maestro diante de sua orquestra indicando o caminho a ser seguido, passei a enxergar o peso e o real sentido da minha existência, é como se um passo em falso meu colocasse tudo a perder, a orquestra tocaria no compasso errado.

Quando fui mãe compreendi melhor as atitudes que minha mãe tinha comigo na infância e adolescência, parece que desce um véu de serenidade e compreensão sob nosso olhar e passamos a admirar ainda mais nossa mãe, pois agora compreendo,  exatamente, todas as suas atitudes.

A relação entre mãe e filho(a) é muito mágica,  as palavras não são suficientes para externar tanto amor. Toda a nossa vida muda, coisas que eram tão importantes passam a ficar em segundo, terceiro... plano. Na lista das prioridades os filhos estão sempre no topo.

Sinto-me orgulhosa de ser co-autora de duas criaturas (Bruna e Bruno) que vieram de Deus e que têm uma missão neste mundo, não sei qual, mas sei que poderei contribuir e orientar no caminho que eles precisam trilhar.

As vezes nem me reconheço, sou uma outra mulher e devo isso a maravilhosa experiência de ser mãe.

Verônica Geriz