Os brasileiros esperaram bastante até que o caso do Mensalão chegasse ao Supremo Tribunal Federal. E outros casos como este, difíceis de engolir – grande exemplo da ganância e presunção dos nossos representantes! – agora estão nas mãos da Justiça. E agora está em nossas mãos uma oportunidade única para acabar com a corrupção.
Nesta quarta-feira, o MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral) irá até a Câmara dos Deputados pressionar por uma nova reforma que tiraria o dinheiro de grandes empresas da nossa política de uma vez por todas e daria aos eleitores mais voz sobre quem nos representa. Essa pode ser a continuação da Ficha Limpa! Mais de cem deputados vão se reunir para analisar a proposta “Eleições Limpas” neste dia e, se como cidadãos nos unirmos e apoiarmos o texto, o movimento acredita que podemos forçar uma votação até o mês que vem.
No passado, nos disseram que a Ficha Limpa era algo impossível, mas mostramos que eles estavam errados. Vamos provar mais uma vez que eles estão errados e conseguir 1 milhão de assinaturas para apoiar a proposta "Eleições Limpas" e continuar a marcha pela democracia que queremos no Brasil. Temos pouco tempo para mostrar aos deputados nosso apoio a esta proposta -- vamos assinar e espalhar para todos.
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http://www.avaaz.org/po/brasil_eleicoes_limpas_lkcd/?bgiPIdb&v=28269
Os brasileiros nas ruas de norte a sul estão exigindo uma democracia mais representativa e participativa, que leve em conta nossas necessidades básicas e as preocupações do povo. A proposta "Eleições Limpas" dá ao povo mais poder para decidir o rumo das nossas eleições desta forma:
- 1. Votar em uma ideia, não em uma personalidade. Atualmente, a maioria dos nossos políticos não são eleitos por causa de suas ideias, mas porque eles têm fama e um nome reconhecido. Um exemplo é o Tiririca, que recebeu mais de 1 milhão de votos usando o bordão "Pior do que tá não fica!". Um novo sistema organizaria as eleições em duas rodadas de votação: primeiro votaríamos em programas e políticas específicas, e depois nos candidatos. Dessa maneira, os partidos serão obrigados a atrair os eleitores com a força de suas ideias, e não com o uso de celebridades ou artimanhas da propaganda eleitoral.
2. Eleições Realmente Populares. No sistema de hoje, os mais ricos e os mais poderosos geralmente conseguem aprovar as leis que querem, porque financiam as campanhas políticas e, em retorno, são beneficiados com políticas e contratos que enchem seus próprios bolsos. O financiamento público de campanhas e o financiamento por pequenas doações feitas por pessoas físicas vai permitir que os candidatos honestos entrem na jogada e participem da corrida eleitoral sem precisar andar de mãos dadas com ricos financiadores. Vamos imaginar por um momento: e se nossos representantes prestassem contas a quem os elegeu e não aos ricos doadores de sua campanha?
3. Liberdade de Expressão. Quando se trata de eleições, o Brasil do século XXI possui leis restritivas do século passado que limitam a nossa liberdade de expressão em momentos importantes antes das eleições de fato, e que permitem, por exemplo, multar jornalistas, blogueiros ou críticos que escrevem qualquer coisa que potencialmente "ofenda a dignidade ou a honra" dos candidatos! Nossa democracia ainda jovem precisa de MAIS discussão política, não menos, e as pessoas que participam da corrida eleitoral por um cargo público para nos representar devem abraçar essas questões e ouvir a opinião do seu eleitorado.